Atividade avaliativa - Aula LGBTQ+
Atividade avaliativas em duplas. Escolha um colega e poste no sistema moodle.
A partir da vinheta abaixo e, considerando os conteúdos abordados na aula (conceitos, preconceitos e violências às minorias):
a) Aponte, em um parágrafo, problemas apresentados na abordagem do médico na primeira consulta;
b) Confeccione cinco perguntas ou observações adequadas para serem utilizadas na anamnese deste paciente.
Sou homem trans, heterossexual, pardo e tenho 21 anos de idade
Quando chegou a consulta com o médico, ele viu um homem, me tratou pelo nome que estava na ficha e tal. Aí eu fui explicar para ele: “Bom, o motivo real de eu ter vindo procurar você é que, na verdade, eu sou uma pessoa trans e eu não me identifico com o gênero que eu nasci e o que eu quero fazer é trabalhar isso, no caso aqui, porque eu já faço acompanhamento psicológico e quero trabalhar com você em relação a transição de gênero”.
Aí ele me questionou porque eu queria isso. Eu falei: “Porque eu não me identifico com esse gênero e desde criança eu sempre fui percebendo vários e vários comportamentos ditos para menino, digamos assim. E eu percebi que realmente a insatisfação maior que eu tinha era em relação ao meu corpo e eu queria de alguma forma, modificar isso.” Ele ficou meio assim e disse: “Mas eu acho que não é isso, eu acho que você está inseguro em relação a isso.” Aí eu fiquei tipo: “Não, mas eu estou realmente seguro dessa decisão.” E ele falou: “Você sabe que é uma mudança drástica e que você já conseguiu ultrapassar até mesmo a faixa de...” – agora eu não me lembro mais. Aí eu disse: “Eu sei que, infelizmente, acontece isso.” Ele disse: “Pois é, então, nesses 21 anos você já tem uma vida com esse nome, você já tem uma vida nesse gênero e você sabe que se você mudar ele, você vai mudar sua vida completamente.” Eu disse: “Eu sei e é isso que eu quero, eu quero fazer essa mudança.” Aí ele ficou questionando, e já bateu aquele arrependimento de ter procurado porque eu sei que não é algo fácil, mas que pelo menos ele tentasse conversar para tentar entender melhor a minha situação, não que ele fosse fazendo esse tipo de questionamento como se eu tivesse sempre errado na história. Aí ele foi e falou coisas desse tipo: “Vou receitar esse medicamento aqui para você e daqui um mês você me procura que a gente vai ver como é que vai ficar essa situação.” Pelo o que eu vi, pelo o que eu pesquisei era um antidepressivo. Então, aí veio aquele questionamento do tipo: “Mas ele acha que é por causa da depressão que eu estou tentando começar a transição de gênero? Ele acha que eu tomando esse medicamento daqui um mês eu vou chegar e falar para ele que realmente era isso, eu não quero mais mudar de gênero?”