Boa tarde, professor
Em primeiro lugar gostaria de parabenizá-lo pelas aulas, ajudaram muito no esclarecimento das ideias dos textos! Também acredito ser importante manter de alguma forma as atividades da vida, já que a tecnologia tem permitido essas novas formas de trabalhar, sempre preservando a saúde em primeiro lugar!
Gostaria de fazer uma breve relação com um texto que estou relendo, Edgar Morin reconhece a importância da teoria dos sistemas, cibernética e das teorias da informação para a construção da sua própria epistemologia da complexidade, entretanto, assim como Demo, não deixa de tecer críticas ao sistemismo generalizado.
"A ação supõe a complexidade, isto é, acaso, imprevisto, iniciativa, decisão, consciência das derivas e transformações. A palavra estratégia se opõe à programa [sistema]. Para as sequências integradas a um meio ambiente estável, convêm utilizar programas. O programa não obriga a estar vigilante. Ele não obriga a inovar. Assim, quando vamos para o trabalho no volante de nosso carro, parte de nossa conduta é programada. Se um engarrafamento inesperado surge, é preciso decidir se vai se mudar ou não de itinerário, infringir o regulamento: deve-se fazer uso de estratégia.
Por isso devemos utilizar múltiplos fragmentos de ação programada para podermos nos concentrar no que é importante, a estratégia no acaso." (MORIN, 2015, p. 81)
Acredito que esta concepção de Morin se aproxima da concepção de sistemas adaptativos de Buckley, defendendo a sistematização, mas de um ponto de vista minimalista, ou seja, sistematizando o necessário, mas deixando espaço para a estratégia, a criatividade, a inventividade, etc.